O Professor
Tânia Maya
Quem com pó de giz
Um lápis e apagador
Deu o verbo a Vinícius
Machado de Assis, Drummond?
Quem ensinou piano ao Tom?
Quem pôs um lápis de cor
Nos dedos de Portinari,
Picasso e Van Gogh?
Quem foi que deu asas a
Santos Dumont?
Crianças têm tantos dons
Só que, às vezes, não sabem
Quantos só se descobrem
Porque o mestre enxergou
e incentivou...
É, só se faz um país com professor
Um romance, um croquis, com professor
Um poema de amor, dim dim
Um país pra ensinar seus jovens
É, só se faz um país com professor
Um romance, um croquis, com professor
Um poema de amor, dim dim...
Um lápis e apagador
Deu o verbo a Vinícius
Machado de Assis, Drummond?
Quem ensinou piano ao Tom?
Quem pôs um lápis de cor
Nos dedos de Portinari,
Picasso e Van Gogh?
Quem foi que deu asas a
Santos Dumont?
Crianças têm tantos dons
Só que, às vezes, não sabem
Quantos só se descobrem
Porque o mestre enxergou
e incentivou...
É, só se faz um país com professor
Um romance, um croquis, com professor
Um poema de amor, dim dim
Um país pra ensinar seus jovens
É, só se faz um país com professor
Um romance, um croquis, com professor
Um poema de amor, dim dim...
A poesia e a música nos sensibilizam ainda mais quanto ao nosso papel como educadores. Nos convida, mais uma vez, à reflexão sobre a justiça de nossos salários. Será que todos os professores recebem mal? Ou será que existem professores recebendo muito mais do que realmente merecem?... Será que todos os professores estão abertos e motivados a enxergar e incentivar a descoberta de tantos dons que as crianças têm?
Estes são questionamentos que cabem a nós educadores e futuros educadores. A reivindicação de melhores salários não começa apenas batendo panelas ou parando o trânsito, começa na reflexão sobre nossas práticas, nossa formação, nossa postura, nossa metodologia, nossa didática.
Acredito que este blog tenha vindo para plantar uma semente em cada uma de nós sobre como devemos agir diante do lugar comum que é apenas repetirmos a frase "Sou professora" toda vez que temos que pagar alguma coisa... Ao invés de sairmos por aí pedindo desconto para tudo, dando a desculpa de que somos professoras e, portanto, recebemos mal, devemos seguir pesquisando, melhorando sempre a qualidade da nossa prática e reivindicando o justo valor de nosso esforço que é capaz de afetar vidas e muitas vidas...
Como afirma Henry Adams,
"Professores tendem à eternidade; nunca poderão saber onde termina sua influência"
Até,
Juliana Figueiredo
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